Esses dias conversei com uma pessoa que passou sua adolescência e parte da na igreja junto comigo. Ela me disse que tudo o que vivemos foi coisa de adolescente e que passou. A fome de Deus, a intensidade das manifestações espirituais, a manifestação da presença de Deus com sinais.Pra essa pessoa foi tudo coisa da imaginação. Vou te contar o que vivemos.
Fomos muito abençoados como adolescentes da Igreja Congregacional em Comendador Soares, aonde fui presidente de adolescentes por 2 anos. Lá aprendemos a cantar e louvar a Deus. Ali começamos grandes projetos como mapeamento espiritual de Comendador Soares... rsrsrs... Que atrevidamente Pedro e Luana entregaram ao Pastor Aluíso. Marchas Proféticas e muito mais. Naquela igreja conheci grandes amigos: Pedro, Luana, Júlio, Marcel, Fábio, Rúbia, Vanessa, Andressa, Emerson, Maninho, Deivison, Tatiana e muitos mais...
Logo em seguida fomos todos para a congregação do Cacuia. Ali vivemos um sonho. E novos amigos foram acrescentados. Lembro-me até hoje do enredo que foi unir dança e música... rsrsrs... Muitas brigas... Mas aconteceu. E quando aconteceu foi uma explosão. Dois cultos no domingo. Oito da manhã oração com Lúcinha, depois Fabinho. Ebd em classes ministeriais... Jovens, Louvor, Evangelismo (pela primeira vez vi um ministério de evangelismo organizado e funcionando). Discipulado (o momento em que eu mais cresci espiritualmente... ora sendo ministrado pelo pastor Isaías, ora ministrando meus discípulos, os quais ainda amo e oro constantemente por eles: Lincon, Leandro, PJ, Zizo e Luciano – os ministrava semanalmente – muito erros tentando acertar, e muitos acertos quando já não havia esperança para acertar). Nunca amei tanto pessoas desconhecidas. Amei a igreja, me dediquei a ela e disso não me arrependo. Vi Deus curar, libertar, revelar coisas sobre as pessoas a nós, ouvimos anjos cantar, instrumentos tocarem sozinhos, demônios se mostravam e eram expulsos... Uma grande manifestação profética.
As vigílias eram poderosas. Lembro em especial de uma na casa do Fabiano, onde Deus usou o Leandro (Lisboa) de uma maneira poderosa na Palavra e sinais atrás de sinais. Emerson com gosto de sangue, revelações de coisas profundas que nós ainda nem entendíamos. Lembro de outra vigília (no Brizolão – na casa do Fabinho) onde eu havia dito a Deus que se ele não falasse comigo, eu desistiria de tudo. Naquele dia Emerson foi usado tão poderosamente por Deus e me chamou no meio da oração dizendo que eu estava esgotado espiritualmente e que precisava de cobertura de oração para não desistir. Num canto, meu tio Alberto que fora enviado pela liderança da igreja para saber o que acontecia nessas vigílias. Rrsrs... Hoje acho engraçado...
Lembro também o Luís Felipe, amigo do Emerson, Discípulo do Pedro. Uma figura! Ele adorava a Deus intensamente e nos cultos do Cacuia ele chorava e gritava pela presença de Deus, atrapalhando nossa reunião farisaica repetitiva e enchendo um pouco a casa com desespero pela glória de Deus. Esse, Deus tomou para si enquanto ainda fazia o curso da escola de levitas para tocar conosco no ministério de louvor no Cacuia. No seu enterro, o Pedro pregou, e o pai dele se converteu e até hoje segue a Jesus.
E os impactos?! Um encontro de G12 disfarçado, pois na igreja não se podia falar sobre... rsrsrs... mas que nunca serão esquecidos... Pela manhã Luana Ministrava aliança com Deus (com base em um capítulo do Livro da rebeca Brown), depois eu falava sobre libertação e renúncia e o Pedro sobre Cura Interior (ou vice-versa, aqui já me falha a memória – e olha que só tenho 25 anos). Depois ministrávamos batismo com o Espírito Santo e queimávamos os formulários de renúncia como ato profético de que tínhamos deixado todos aqueles pecados para trás. Era tremendo...
Outra coisa que me marcou profundamente nesse período foi que, quando as pessoas aceitavam a Jesus, nós fazíamos uma grande festa. Tínhamos bandeiras escritas “Seja bem vindo”, “Nós amamos você” e muitos outros dizeres. Quando o pregador pedia para que olhassem para trás a igreja aplaudia, pulava, dava brados de vitória, abraçava esses novos irmãos.
Vi pessoas ser arrancadas das mãos do diabo. Libertas, curadas. Vi “o fogo cair” nesse período. Pregava muito, ministrava o louvor com grande autoridade e as pessoas não paravam de chegar. O que começou ali homem nenhum pode parar, ou sequer uma instituição.
Mas nenhuma experiência pra mim foi tão forte quanto aquela noite. Um culto comum, uma canção repetida, mas corações completamente incendiados. “Preciso de ti” foi a música que Isabel pediu enquanto ministrava o louvor. Começamos a tocar. Imediatamente Deus resolveu atrapalhar nosso programa e “desceu”! Um choro incontrolável. Um desespero irremediável. Uma santa e coerente loucura de amor. Jovens se jogando aos pés do altar, gritando, chorando, rindo, vendo o que ninguém via. Assustador, imponente, desejável, misterioso, forte, intenso, imenso, incomparável, insondável ou nenhuma dessas palavras. Assim Deus se revelou a nós naquele dia. Carregados para uma sala à parte a pedido do pastor. Mas mesmo assim, gritos, urros, Ele estava presente. Não entendíamos. Não era o que buscávamos?! Ele estava ali. Porque não usufruíam de Sua presença?! Por que Ele não se manifestou nos moldes religiosos. Ele veio como um trovão, como um vendaval. Alguém decidiu nos calar, mas ao chegar aonde estávamos essa pessoa foi arremessada ao chão. Enquanto o culto convencional estava acabando, o nosso só estava começando. Era um relance da glória. Não poderíamos perder aquele momento.
Segunda tentativa de acabar com aquele “sentimentalismo”, “sensacionalismo”. Separem todos e os mandem para casa. E assim foi. Mas, através de uma “Jesuscidência”, lá estávamos nós na casa da Luana. Chorando, copiosamente. Em seguida chega o “Nem”, todo sujo. Alguém o Achou caído na rua, chorando. Foi assim. Uma experiência, inesquecível.
Está tudo fora da ordem cronológica. Mas atende ao meu propósito. Não venha me dizer que eu criei tudo isso. Não venha me dizer que não vi Deus se manifestar. Não diga que é coisa da minha cabeça ver a glória invadindo um determinado lugar. Não me diga que foi tudo fogo de palha pelo fato de uns não estarem mais na presença de Deus. Diga e reconheça que você fraquejou, que preferiu o mundo, a carnalidade, a vida sem relacionamento na igreja. Hoje vejo muitos falarem mal da igreja. Mas a igreja não é feita de pedras, mas de pessoas. E grande erro teremos se acharmos que somos melhores que esse ou aquele irmão. Deus não pode salvar quem se vê capaz, imponente e bom. A graça é para a igreja. Miserável, doente e necessitada de Deus. E é essa igreja (que luta e se esmurra para tentar ser melhor a cada dia) que Cristo vem buscar. Uma Igreja limpa é aquela que mergulha no sangue de Cristo a cada dia.
Não queira me calar. Ninguém me moleste. Eu não me envergonho do evangelho. Ele me alcançou e estou longe da perfeição. Mas reconheço que sou o doente que Ele veio curar. Sim Senhor, sou eu o incapaz e imperfeito que precisa da tua graça! Antes eu te conhecia de ouvir falar, mas agora os meus olhos te vêem...
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